A Benevolência Verdadeira



A todo momento  temos a chance de praticarmos o bem ao próximo, mas acreditamos que só serve de ajuda se for algo grandioso onde todas as pessoas possam ver e nos elogiar.
Pequenos gestos, atitudes, palavras, surtem um efeito muito grande, quando realmente nos dispomos a ajudar o nosso semelhante. Temos visto em nossas observações no dia a dia, que os maiores mendigos, não aqueles que pedem uma moeda ou um prato de comida, mas os que se vêm sozinhos mesmo estando cercados de pessoas, que trancam-se em seu mundo egoísta e material e não percebem sequer a própria necessidade que têm de interagir com "irmão" ao seu lado.
É tão simples dizermos "bom dia, como vai, até logo, senti sua falta, e tantas outras expressões corriqueiras que deixamos de usar,n para não descermos do nosso pedestal de orgulho, sem nos importarmos com o que vão pensar de nós, porque a mente humana trabalha incessantemente gerando situações palavras e atitudes. O que dizer quando somos vistos pelos outros como pessoas más?, que prazer doentio é este que alimentamos em nosso íntimo, só para demonstrarmos que somos superiores, e que superioridade é essa?, se não nos damos ao desvelo de amar nem a nós mesmos?.
Na atualidade das criaturas, é ainda predominante a vontade do ter e do ser mais que os outros, e esses raciocínios esdrúxulos, transformam pessoas em animais em busca de mais uma presa, para sustentado pelos seus desejos mesquinhos do prazer que se adquire quando supostamente alcançamos mais uma vitória ou aquisição material, mantê-la cativa de seus caprichos pobres de tudo.
O caminho de todos é sempre o mesmo, e no final de mais uma caminhada, retornamos a pátria espiritual de onde viemos, e o que somos, nós levamos conosco, e o que temos fica sempre aqui.
Alimentados pelo sentimento do egoísmo e o do orgulho exacerbado, nos maculamos com essa concepção pois ainda vivemos ligados demais ao conceito de que o que nos pertence na terra não deve ser dividido com os outros, e nesse contexto se encontra a delicadeza e a cordialidade entre os povos.
Queridos irmãos, não podemos mais acreditar na afirmação que, ao final da vida material tudo acaba, pois sendo Deus perfeito e justo não deixaria que  alguns de seus filhos, se beneficiassem de tudo de mais saudável e beneficente, enquanto outros padeceriam por toda uma existência, sofrendo as mais terríveis provas, e ao finalizar a vida no corpo denso, sumiriam do meio onde sempre viveram deixando para trás sofrimentos e perdas, além da tristeza e mágoa vivida pelos que aquí ficaríam na dúvida eterna por não entender o que se passou de fato.
Concebamos portanto em nós, os sentimentos de caridade indulgência e benevolência a todos os que nos rodeiam, agindo com sinceridade e moral ilibada para que entendamos o quanto é agradável o simples gesto de dizer "olá... senti sua falta, que bom que veio", mesmo que a pessoa a quem dirigir-se dessa forma, conviva a todo momento com você, e por vezes lhe cause algum constrangimento, quando aprendermos a amar quem nos detesta, teremos adquirido realmente a compreensão dos ensinos e exemplos do divino mestre. Aproveitemos a oportunidade que nos é concedida junto aos que julgamos ser nossos algozes, para seguirmos crescendo a caminhando rumo nosso criador.

Muita Paz e Luz a Todos.
                                                                  Josefina

Do livro - Vidas em Desalinho
Pelo espírito - Josefina Brito
Psicografia - Pedro Aguiar Filho