Fé confortável


A fé não é moeda de troca.
Fé não é só pedir conforto.
À semelhança da semente que caiu no meio dos espinhos, as preocupações da vida e os enganos das riquezas da vida nos fazem esquecer a verdadeira essência da Boa Nova que nos sinaliza o caminho.
Confundimos essa Boa Nova com a oportunidade de crescimento financeiro.
As aflições e os infortúnios que permeiam de modo quase natural a vida humana ferem o egoísmo do homem.
Atribulado por problemas diversos, sejam de ordem moral ou financeira, ele sai à caça de refúgios que, na maioria das vezes, não encontra por negligência da própria alma, presa a comodismos.
Quando encontra uma palavra confortadora de paz a tentar aplacar sua dor, confunde ou é mal orientado convenientemente a absorver essa palavra como promessa de melhoramento material.
Melhoramento espiritual pode vir depois - pensa o pobre espírito de visão estreita.
Qual a cura para as tribulações? -  Um bom emprego.
Qual o remédio para as aflições? - O carro do ano na porta.
Como posso melhorar minha vida? - Um salário "gordo".
E por aí vai...
Obviamente, que todas essas "soluções" não devem ser negligenciadas, pois nos possibilitam vários tipos de aprendizado, principalmente o aprendizado no teste do caráter.
Mas, o que se enfatiza aqui não é isso.
O que se deve ter em mente é que o Evangelho é Lei de Conduta Moral máxima, e não simples manual de ascensão material.
Tenhamos fé do tamanho do átomo de um grão de mostarda, mas que essa fé seja a verdadeira: a fé de se emocionar com a lição do Mestre, pedindo-Lhe perseverança em tentar seguir Seu caminho.
Não usemos a fé para transportar montanhas de dinheiro para a nossa conta bancária, mas sim, pra transportar os nossos montes de lixo mental para fora de nós.
Mostremos a sensibilidade para com o Evangelho, tentando seguir as palavras imortais do Mestre Divino.
Fiquem todos com DEUS e Jesus.