O idioma universal


Caridade. O único elo que liga efetivamente as pessoas.
Quem tem a caridade essencial pregada por Jesus, ratificada pelos Espíritos na Codificação e muito bem lembrada por Emmanuel no livro Vinha de Luz, entende que o Amor é a língua universal que se faz entender independente da barreira imposta por idiomas, raças, castas ou classes sociais.
A caridade essencial se faz entender imediatamente no sorriso sincero e na serenidade natural, qualidades inerentes no semblante do ser que se propõe a tentar apreender e incorporar o modelo de vida Cristã exemplificado na sua mais perfeita acepção pelo Nazareno Divino.
O Cristo, quando quis ensinar que o verdadeiro ato de caridade não distingue as ramificações sociais da vida material, constituídas pelo ainda atrasado homem terreno, nos trouxe um exemplo magistral de pureza na história do Bom Samaritano e que antecipa a reflexão de Paulo de Tarso sobre a supremacia da caridade.
Samaria era a capital do Reino de Israel; reino este que nada mais era do que o resultado de uma dissidência ocorrida por conta de um cisma que separou o Reino de Israel do Reino de Judá. Judá ficara com a capital Jerusalém, enquanto que Israel restou tendo como sua principal cidade Samaria, atual Cisjordânia.
Os judeus e samaritanos alimentavam ódio intenso um pelo outro, e por esse motivo, para explicitar a universalidade das intenções sinceras e naturais que devem mover o Cristão verdadeiro, o Mestre colocou como personagens de sua parábola justamente esses dois cidadãos antagônicos: um homem, que se supõe judeu, pois rumava para Jericó, na serra de Judá e o samaritano, rivais por tradição.
Foram o sacerdote e o levita, personalidades "religiosas" de suas sociedades, que supostamente "entendiam a língua dos homens e dos anjos", e a quem se deveria exigir mais exemplos da verdadeira prática da Lei de DEUS, quem praticaram o ato de amor, ato esse que na verdade, seria a aplicação da teoria que eles estudavam todos os dias?
A caridade está no espírito, na mente, no ser e se conquista naturalmente na sua prática ininterrupta.
Quando já está conquistada, através do processo gradual e espontâneo de evolução, o Ser pratica o bem simplesmente para ver o próximo mais confortável, melhor amparado e certo de que o Mestre "sorri" com essas manifestações instintivas de Amor.
E são essas atitudes nobres que falam e repercutem em todos os hemisférios numa linguagem única e confrontadora de todos os tipos de segregação.
É a caridade que fala ao Espírito, não uma linguagem articulada baseada num código de sinais e sons naturalmente necessário devido ao nosso atraso evolutivo e que varia de acordo com a posição geográfica , mas uma comunicação que sensibiliza a alma, um diálogo silencioso que grita no Espírito, alertando-o sobre sua condição de Unidade compromissada com a ascensão para o Todo.
A caridade não é personalista, não tem uma pátria específica e muito menos está inserida com normas num registro terrestre: ela simplesmente é a expressão mais sublime de manifestação do Cristo Planetário.
Queiramos nós assimilar esse sentimento de Amor que nos aproxima das frequências mais elevadas da Vida.
Lembremos do Samaritano que não fez perguntas, nem condicionou sua atitude a restrições de ordem social, mas simplesmente seguiu o seu instinto de praticar a caridade.
Falou muito ao coração do pobre que fora espancado à beira da estrada.

Fiquem todos com DEUS e Jesus.