O texto que se segue, nos leva a uma reflexão profunda sobre o que é, e quem é o Deus que tanto buscamos. A partir da primeira questão do livro dos espíritos quando Kardec questiona: Que é Deus? E os espíritos respondem: -Deus é a inteligência suprema, causa primeira de todas as coisas.
Miramez nos leva a refletir sobre sua presença em nós, sobre uma busca Por Deus somente nas coisas externas, sobre o quanto questionamos seus desígnios, sobre o verdadeiro valor que o damos, e o quanto estamos nos preparando para realmente conhecê-lo.

A suprema inteligência

O primeiro interesse de Allan Kardec foi saber dos Espíritos quem era Deus, e eles responderam dentro da maior simplicidade, mas com absoluta segurança: Deus é a Inteligência Suprema, causa primária de todas as coisas.
Não poderemos nos sentir seguros onde quer que estejamos, sem pelo menos alimentar a ideia de uma fonte criadora e imortal. O estudo do Senhor nos dá um ambiente de fé que corresponde, na sua feição mais pura, à vontade de viver. Sentimos alegria ao entrarmos em contato com a natureza, pois ela fala de uma inteligência acima de todas as inteligências humanas, de um amor diferente daquele que sentimos, de uma paz operante nos seus mínimos registros de vida. O Deus que procuramos fora de nós está igualmente no centro da nossa existência, porque Ele está em tudo, nada vive sem a sua benfeitora presença.
O criador estabeleceu leis na Sua casa maior, que cuidam da harmonia na mansão divina, sem jamais esquecer do grande e do pequeno, do meio e dos extremos, para que seja dado, a cada um, segundo as suas necessidades. Não existe injustiça em campo algum da vida, pois cada espírito ou coisa se move no ambiente que a sua evolução comporta; daí resulta o porquê de devermos dar graças por tudo o que nos é colocado no caminho.
É justo, entretanto, que nos lembremos do esforço individual, e mesmo coletivo, de sempre melhorar, como sendo a nossa parte, para alcançarmos o melhor. Aquele que acha que tem fé em Deus, mas vive envolvido em lugares de dúvidas com companheiros que não correspondem às suas aspirações de esperança, ainda carece da verdadeira fé, iluminada pela temperatura do amor. É a confiança que requer reparo. Assim sucede com todas as virtudes conhecidas, e por vezes, vividas por nós. Estudemos a harmonia do universo, meditemos sobre ela, pedindo ao Mestre que nos ajude a compreender esse equilíbrio divino, porque, se entrarmos em plena ressonância com a Criação, sanar-se-ão todos os problemas, serão desfeitas todas as dificuldades, e todos os infortúnios cessarão. Somente depois disso, pelas vias da sensibilidade e pelo porte espiritual que escolhemos para viver, teremos a resposta mais exata sobre o que é Deus.
Conhecer e Amar são duas metas que não poderemos esquecer em todos os nossos caminhos. Esses dois estados d’alma abrir-nos-ão portas da felicidade, pelas quais poderemos viver em pleno céu, mesmo andando e morando na Terra. A Suprema Inteligência está andando conosco e falando constantemente aos nossos ouvidos, em todas as dimensões do entendimento, porem nós ainda estamos surdos aos Seus apelos e passamos a sofrer as consequências da nossa ignorância. O intercâmbio entre os dois mundos acelera uma dinâmica sobremodo elevada a respeito das coisas divinas, para melhor compreensão daqueles que dormem, e o Cristo, como guia visível através das mensagens, toca os clarins da eternidade anunciando novo dia de libertação das criaturas, mostrando onde está Deus e que é Deus, que nos espera, filhos do Seu Coração, de braços abertos, como Pai de Amor.

Texto extraído do livro: Filosofia Espírita
Psicografia de: João Nunes Maia
Pelo espirito de: MIRAMEZ
Cap.I, pag 16-17.