Quantos de Nós?


 
Se alegram por conseguir algo, mas não divide com quem precisa?
Almejam vitórias sem se importar com quem perderá ou perdeu algo para que nos beneficiemos?
Temos no coração a imensa vontade de conquistar alguém, mas nos colocamos como orgulhosos intocáveis.
Não abrimos mão de algo que possuímos até em excesso, porque nosso egoísmo nos proíbe.
Quantas vezes deixamos de dar bom dia a alguém por estarem sujos, fétidos e cobertos de andrajos, sem atentarmos para a sujeira  que envolve  nosso raciocínio nesse instante.
Qual de nós não depende de outras pessoas, e muitas vezes não as procuramos porque são menos importantes que nós.
Por inúmeras vezes contradizemos nossos objetivos verdadeiros, para não ferir o ego doentio de algumas pessoas.
Deixamos passar ao largo, momentos e ações que nos tornariam mais nobres, mas sonegamos uma palavra ou atitude por não determos ainda em nós o dom da humanidade para com o próximo.
Acreditamos que viver é só se alimentar, se vestir, dormir, trabalhar, sem precisar se preocupar com o nosso semelhante que muitas vezes vive ao nosso lado, faminto, desnudo e sem um teto para se abrigar.
Quantas vidas poderemos salvar, se procurarmos educar melhor os que nos cercam, ouvindo-os com atenção, ajudado-os sem julgar e auxiliando-os sem cobrar... 
O amor está presente em tudo que nos rodeia... No sol, nas nuvens, no mar, na brisa que nos massageia o rosto, na chuva que faz brotar nosso alimento...
Estamos sempre virando as costas para o certo, porque nos parece dificultoso demais, sem sequer avaliarmos o malefício que estamos causando a nós mesmos quando optamos por um caminho duvidoso.
Procuramos sentir e viver, uma felicidade que nos adoece, pois para alcança-la, muitas vezes esquecemos que a felicidade é pra ser vivida em grupo, senão se torna demostração de egoísmo e orgulho.
Pensemos bem; quantos de nós ainda não conseguem ver em si a necessidade de ser um ser livre de feridas causadas pelo sentimentos doentios da injúria, egoísmo, orgulho e falta de caridade.
Sejamos nós mesmos, não deixemos que os outros vivam a nossa vida; para isso é preciso que assumamos os deveres e missões aceitos perante Deus, em mais uma passagem pela matéria densa e aprisionante.
Muita Paz e Luz a Todos.
                                                          Josefina
Fonte livro: Vidas em Desalinho
Pelo espírito: Josefina Brito
Psicografia: Pedro Filho