A Infelicidade Real




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Todo mundo fala da infelicidade, todo mundo a experimentou e crê conhecer seu caráter múltiplo. Venho vos dizer que quase todos se enganam, e que a infelicidade real não é tudo aquilo que os homens, quer dizer os infelizes, a supõem. Eles a vêem na miséria, no fogão sem lume, no credor ameaçador, no berço vazio do anjo que sorria, nas lágrimas, no féretro que se acompanha de cabeça descoberta e de coração partido, na angústia da traição, na nudez do orgulhoso que gostaria de se cobrir de púrpura e que esconde com dificuldade sua nudez sob os farrapos da vaidade...

Evangelho Segundo o Espiritismo
Cap. V- Instrução dos Espíritos

Refletindo sobre essa belíssima mensagem de DELPHINE DE GARARDIN, fica mais fácil de entendermos o motivo pelo qual as criaturas ainda se consideram tão infelizes e estão sempre acreditando que as situações que enfrentam em mais uma passagem pelo plano físico, são castigos de Deus. A constante interpretação da vida por esse prisma causa arrastamentos que conduzem a maioria das pessoas a atos de extrema periculosidade quando tratamos de progresso espiritual; os dias atuais nos recomendam de forma bem clara a necessidade que todos temos de abdicar das coisas fúteis que nos chegam com os tons de benécies mas que na realidade nos proporcionam ao final, grandes  tormentos.
Nossa consciência, na condição de cofre divino, guarda em seu interior todos os preceitos necessários par o nosso engrandecimento; contudo, ainda sentimos a necessidade de nos vermos em profundos desalinhos emocionais, materiais e principalmente espirituais, para a partir daí procurarmos entender os motivos pelos quais nos deparamos com tantas situações vexatórias. O momento de agirmos, é a todo momento, nos dias atuais o tempo que resta para uma verdadeira reforma íntima, se esvai a cada segundo passado, portanto, busquemos mais a compreensão para as nossas dificuldades; um dia alcançaremos um grau de entendimento tão refinado, que os momentos que nos parecem ser de grande infelicidade, não passarão de exercícios para nossa consciência corrompida pelas atrocidades espirituais erguidas por nós mesmos.
Muita Paz e Luz a Todos.
                                                 Josefina Brito/Pedro Aguiar