Aceitemos a dor na condição de apoio celeste, com que a Providência Divina nos enriquece o caminho.
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Toda a natureza, para ajudar a experiência do homem, alimentando-o e amparando-o, padece constantes dilacerações.
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Para transformar-se em sementeira proveitosa, morre o grão esquecido no solo.
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Para converter-se em farinha, a espiga humilha-se, asfixiada, sob a mó que a tritura.
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Para dar-se em pão abençoado à mesa, submete-se a farinha à elevada tensão do forno.
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Para servir no levantamento do edifício, sofre a pedra a pressão do martelo.
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Para oferecer-se em beleza e brilho, obedece o seixo bruto ao buril que o aprimora.
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Para responder às necessidades do conforto, desce o tronco aos insultos da lâmina.
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Para construir no progresso, encontra o metal nas injúrias do fogo.
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A responsabilidade, na oficina do caráter, é luz que engrandece todo espírito que lhe atende às obrigações.
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Não lamentes a dificuldade e nem amaldiçoes o sofrimento que por ventura te busquem.
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Não temas a dor na escola da vida e recolhe, em silêncio, as bênçãos de que se faz emissária
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Não te enganes com as aparências.
*****Do livro: Nascer e Renascer
Ditado por: Emmanuel
Psicografia: Francisco Cândido Xavier