Depois do Temporal

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Cansado coração, ouve lá fora,
O turbilhão do temporal violento.
Cai granizo, ruge a voz do vento...
É a natureza que se desarvora.

O firmamento é anônima cratera,
Quando o raio estraçalha a noite escura,
E choras, ante o caos e a desventura,
A prova que te ensombra e dilacera.

Ao furacão que passa, caem ninhos,
Tombam troncos, a ímpetos medonhos,
E recordas as pedradas dos caminhos
Que varaste perdendo os próprios sonhos!...

Espera e crê!... O temporal vai longe!...
Amanhã seguirás em nova estrada,
E, ao teu olhar, a luz será mais linda,
Quando o sol acender a madrugada...

                                  Maria Dolores

Do livro - Estrelas no Chão
Psicografia - Francisco Cândido Xavier
Ditado por esíritos diversos