Súplica de Natal

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Senhor, tu que deixaste a rutilante esfera
Em que reina a beleza e em que fulgura a glória,
Acolhendo-te, humilde à palha merencória
Do mundo estranho e hostil em que a sombra ainda impera!


Tu que por santo amor deixaste a primavera
Da luz que te consagra o poder e a vitória,
Enlaçando na terra o inverno a lama e a escória
Dos que gemem na dor implacável e austera...

Sustenta-me na volta à escura estrebaria
Da carne que me espera em noite rude e fria,
Para ensinar-me agora a senda do amor puro!...

Em que eu possa em teu nome abraçar, renovada,
A redentora luz de minha nova estrada,
Alcançando contigo a ascensão do futuro.
                                                            Carmem Cinira

Qual não é a beleza que nos chega por esta belíssima mensagem nos elucidando o significado do Natal.
Palavras simples que nos exemplificam toda a pureza do Cristo formada pela humildade, o amor verdadeiro, o conhecimento real do perdão, as amostras de caridade plena... 
Quanta alegria e progresso alcançaríamos, se víssemos o Natal como o significado maior do nascimento de um novo ser em nós, contextuando,  com as mudanças profundas necessárias a cada um. Contudo o Natal para a maioria das criaturas, não passa de mais uma comemoração onde todos se deixam consumir pelas mesmas atitudes viciosas revividas anos à fio, onde só enxergamos o prazer da gula e do embriagamento, que as pessoas se envolvem impensadamente, com a desculpa de tudo é festa, onde a troca de presentes materiais nos corrompe a consciência nos fazendo esquecer do verdadeiro sentido da festividade; imagine do "aniversariante" da data...
Mentes e conceitos desalinhados que só divisam diante dos olhos, a luxúria do entorpecimento da carne cerceada pela falta de responsabilidade, com o aprendizado Cristão, qual de nós, ao nos encontrarmos envolvidos no turbilhão dessas falsas alegrias, é capaz  de lembrar-se de acalmar-se e num recanto da mente entorpecida, procurar espaço para uma oração. Quantos se regojizam nas fartas mesas quando à tua porta, roga-te um pedaço de pão, aquele menos favorecido que a fome lhe corroe as entranhas do estômago e da consciência, ao lembrar que outros tantos ficaram à espera do alimento, em um lar acometido de toda sorte de necessidade. Não precisamos despirmo-nos da última veste, doando ao que passa frio, para nos mostrarmos aos outros, como um ser inundado de caridade real, nem tão pouco nos vestirmos de hipocrisia ao doarmos o pão dormido, buscando demostrar assim, os mesmos atos do Mestre, pois não podemos imita-lo se sequer lembramos quem é Ele...
Verdadeiro Feliz Natal a Todos!!
Josefina / Pedro Aguiar