Pobreza...

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(...)Quando o frio da adversidade, por sua vez, nos bata à porta, elevando-nos à estação da pobreza, da dificuldade, caímos na paisagem da inconformação.
Confiamo-nos de imediato à rebeldia.
 Entregamo-nos levianamente à revolta.


Substituímos a prece humilde - de ontem, pela blasfêmia irreverente, desrespeitosa.

Recusamos, assim, inconsequentes, uma experiência que, muita vez, poderia representar a manifestação da Vontade do Senhor, que nos dá segundo o que necessitamos, e não segundo o que almeja a nossa mente.(...)
DO LIVRO: ESTUDANDO  O EVANGELHO - (MARTINS PERALVA) - CAP. XV III - POBREZA.


Esta mensagem nos mostra o quanto ainda somos incapazes de conhecer o quanto precisamos conhecer de fato tudo o que nos pertence. É a mais pura verdade o que nos dizem as palavras contidas nesse pequeno trecho de tão exemplificadora narrativa. 

Não raro vemos pessoas enfrentando grandes dificuldades provenientes da pobreza, tudo porque não se conformam com o que lhes pertence de fato e se deixam levar pelas incontidas revoltas o que faz com elas se tornem criaturas revoltosas, rebeldes capazes de agir com extrema frieza com todos os que os busquem por menor que seja a conversação. Na verdade não estamos preparados para sermos pobres; primeiro porque a primeira pobreza que devemos conhecer é a de Espírito - essa a mais importante - daí saberemos entender e aceitar a pobreza material sem nos tornarmos pessoas tão incompreensíveis.

Ao nos vermos diante da pobreza material, passamos a agir como seres desprovidos de fé, amor próprio e tantos outros sentimentos capazes de nos desviar das constantes reações de cólera por não conseguirmos alcançar as aquisições almejadas. Se faz muito importante entendermos que o que temos é o que realmente nos pertence, se não conseguimos maiores proventos é porque não estamos preparados ainda para tal vivência, Deus não nos quer ver sofrendo jamais, contudo, nós estamos sempre acarretando sobre nossos ombros, cargas muito pesadas moldadas pelos erros, atrasos e imperfeições morais nossas.

Por tudo isso, mais do que nunca, devemos nos conscientizar das nossas dificuldades assimilativas do bem; buscar a cura dos males íntimos, e adquirirmos o conhecimento do verdadeiro motivo da pobreza que por vezes nos assola a calma e a alma.

Quando houver em todos a nós a consciência da pobreza de Espírito, a pobreza material servirá apenas de acomodação dos nosso acertos espirituais, sem traumas, revoltas ou sentimentos de ódio.

Paz a Todos
Pedro Aguiar