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O trabalho mediúnico surge na vida
das criaturas quando encarnadas, como um meio de reparação de muitos erros
causados aos seus semelhantes; à medida que vamos nos informando e nos formando
como trabalhadores da casa e da causa espírita, precisamos de atenção redobrada
e estudos constantes, pois a mediunidade se não for bem conduzida transforma-se
num profundo tormento, assim quando não damos o verdadeiro valor e a atenção
exigida pela espiritualidade para o desenvolvimento de tal tarefa de
engrandecimento concedida por Deus à nós criaturas necessitadas de muitas lutas
e dores para que nos equilibremos na nossa caminhada evolutiva.
Por outro lado, vemos trabalhadores
envolvidos de forma muito decente e caridosa no trabalho mediúnico e, por se
dedicarem de forma muito correta passam, a ser taxados das formas mais
agressivas; agressões essas, que na maioria das vezes partem do próprio meio
espírita visto que as pessoas que não se ocupam em aprender o verdadeiro
fundamento da doutrina, passam a ver o trabalho dos médiuns dedicados como
fantasias criadas pela mente dos mesmos; não raro vemos acontecer julgamentos
muito agressivos principalmente quando o médium não detém em si grandes dotes
culturais fazendo com que os menos esclarecidos façam críticas muito pesadas.
Nesse momento é que o médium precisa de muito equilíbrio e conhecimento
mediúnico, já que as críticas são geradas exatamente sobre a questão da falta
de cultura material desse médium, vale aqui ressaltar que os títulos e diplomas
adquiridos na terra, são meros papéis comuns, diante do aprendizado e prática
do trabalho cristão mediúnico.
Em outra situação, e essa não menor
do que a que citamos acima, vemos a questão da idolatria. Essa ainda muito
presente no meio espírita e que é capaz de transformar grandes trabalhadores
(médiuns) em meros objetos de escarnio e contradições no trabalho mediúnico. A
desinformação que ainda cerca as pessoas que chegam à doutrina espírita, e até
mesmo à algumas que já se encontram inseridas no meio, tem feito com que muitos
médiuns se modifiquem movidos pelas falsas luzes da idolatria alimentada pela
ignorância, hipocrisia e desconhecimento do verdadeiro papel do médium na
missão assumida por ele quase sempre para reparação de erros e ressarcimento de
dívidas contraídas principalmente junto aos que os cercam no meio familiar ou
social.
No momento que assumimos o trabalho
mediúnico, precisamos ter a consciência plena que, os diplomas, títulos e
condição financeira-social, é algo passageiro e que deve ser visto
principalmente como parte do exercício da prática da humildade associada a
circunspecção, o papel do médium junto aos idólatras, deve ser o de
constante esclarecimento para as pessoas não os vejam como seres diferentes,
mas como criaturas portadoras de muitas dívidas e que estão aqui na condição de
medianeiros espirituais exatamente para se redimirem das muitas falhas
cometidas nas vidas passadas e que por assumissão de tarefas diante de Deus,
encontram-se agora como portadores dessa belíssima carteira de trabalho divino.
Os médiuns jamais devem ser vistos
como pessoas diferentes, melhores ou detentoras de dons fictícios ou místicos,
concepções estas, que ainda povoam muito a mente de pessoas menos esclarecidas,
assim como os próprios médiuns não devem se ver como seres divinos, mas como
espíritos extremamente deficitários perante Deus até o momento em que adquiram
realmente uma condição de seres mais evoluídos.
Para alcançarmos o patamar de médiuns
evoluídos, muito degraus de penúria e sofrimento ainda precisaremos galgar.
Contudo não nos esqueçamos- "No terreno fétido dos pântanos
lodacentos, brotam ainda flores e rosas de extrema beleza e perfume".
Muita Paz e Luz a Todos
Josefina
Do livro: Vidas em Desalinho
Pelo Espírito: Josefina
Psicografia; Pedro Aguiar