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Em cada coração, em cada mente, em
cada ser, faz-se necessário constantemente a bondade do silêncio, para que
calados diante da matéria, nossa consciência possa nos falar; e quantas vezes
ela não tem gritado para nós, mas nossos urros de ignorância fazem-nos surdos e
consequência disto seguimos vida a fora esbravejando e ofendendo sem nos darmos
conta da obrigatoriedade que todos temos de usarmos da forma mais pura e simples
o dom da paciência e do amor ao próximo que Deus concede a cada um dos seus filhos.
Onde estão os ensinos e a fé que
tanto dizemos ter e saber? Qual de nós não é um ser em condição espiritual
elevada que não necessite de muitas vezes silenciar mesmo que isso nos causa
desgaste, mesmo que o coração ponha-se a quase explodir por não lhe ser dado o
direito de lançar todas as agressividades que naquele momento se formam dentro
daquele peito prestes a se transformar em um arco a lançar dardos infectados do
veneno mortal da injuria, do ódio, da incompreensão que comumente nos acompanha
e nos faz gritar mesmo que se pronunciando em baixo tom, e mesmo assim gritamos
quando sem nos policiarmos das palavras colocadas aos nossos semelhantes os agredimos
e os transformamos em meras criaturas humilhadas e diminuídas diante de tanta
falta de circunspecção, conhecimento e prática cristã.
O silêncio assim como devotamento, a
caridade, o dom do perdão e outras tantas maravilhas concedidas a nós pelo pai,
precisam ser mais utilizadas por nós em todas as horas e condições. Jamais
existirá vida verdadeira se não nos tornarmos detentores de qualidades que
existem latentes em todos nós, mas que não nos importamos em desperta-las, não
os nossos enganemos, todos os nossos roteiros já estão traçados, as mudanças
que propomos inadequadamente, fruto da nossa ignorância, faz com que nos
machuquemos muito e causemos a outras tantas criaturas sofrimentos na maioria
das vezes extremos; e nesse instante diante de toda a miséria e dor que
causamos a tantos, nos pomos a gritar aos ventos como se assim conseguíssemos
fazer com que Deus se tornasse conivente e por meio de milagres nos livrasse
por completo de toda miséria e desilusão.
Nesse momento é que precisamos
conhecer o verdadeiro valor do silêncio verbal, deixando falar a voz do coração
e da consciência e reverencialmente curvado diante do criador, sabermos falar
com a voz do Espírito para que nos silêncio da prece o Pai maior nos ouça e
mais uma vez nos conceda a oportunidade de uma nova roupagem carnal, ou quem
sabe na mesma vida carnal, consiga se sobressair ao mal aprendendo assim o
verdadeiro sentido do silêncio.
Muita Paz e Luz a Todos.
Josefina.
Do livro: Vidas em Desalinho
Pelo Espírito: Josefina
Psicografia: Pedro Aguiar